A ELITE // #1
NOTA DA AUTORA: Este cena é de América e Aspen se encontrando logo após o rei Clarkson e Maxon partirem para a Nova Ásia. Os primeiros rascunhos do livro continham várias conversas deles dois sobre casamento. Quase tudo isso acabou sendo cortado, mas este pequeno momento de como eles dizem boa noite é meio que precioso para mim.
Ele me colocou em meus pés e entregou minha bengala.
— Eu vou esperar alguns minutos aqui, mas você precisa ir. Escreverei em breve.
— Eu estarei esperando. — Inclinei-me para que ele me desse um último beijo, que ele felizmente me deu, e em seguida foi embora. Pouco antes de eu abrir a porta, ele me chamou.
— Meri? — Eu me virei. — Comece a pensar sobre o que você quer, tudo bem? Para quando chegarmos em casa, quero dizer.
Eu balancei minha cabeça.
— E se eu disser algo ridículo? Como: se eu quisesse que você construísse meu próprio palácio, algo melhor do que este lixo?
Ele colocou as mãos nos quadris, sorrindo para o meu pedido.
— Eu tenho que escolher os tapetes. Estes são muito moles.
Eu ri baixinho.
— Tudo bem.
— Nesse caso... Isso é um sim, então?
O mundo inteiro parecia não existir.
— Podemos esperar até que eu esteja legalmente autorizada a aceitar? Isso seria melhor se realmente fosse oficial — eu disse em tom de desculpa.
Com algum esforço ele manteve o sorriso no rosto.
— Absolutamente.
— Sinto muito — eu disse, me sentindo horrível. Meu peito arfava e a vontade de chorar pelo que eu tinha dito era esmagadora.
— Não, Meri. — Aspen se aproximou de mim e colocou uma mão suavemente no meu rosto. — Você está certa. Quando você estiver em casa, e eu estiver realmente autorizado a lhe pedir, eu vou. Vou te enviar a carta de amor mais sentimental e ridícula que se possa imaginar — prometeu em tom brincalhão, fazendo-me rir. — E eu vou estar aqui, esperando por uma carta sua. Uma palavra. Isso é tudo que eu preciso.
— Eu gostaria disso — eu disse. — Seria bom ter isso por escrito. — Parte de mim precisava ter uma promessa por escrito. Recentemente eu tenho sido capaz de depender de tão pouco.
— Então você terá isso. Qualquer outra coisa que você quiser — ele prometeu. — Mesmo um palácio com tapetes que são muito fundos.
Ele sorriu. Aquele rosto, aquele rosto bonito, era tão honesto e tolerante, que eu me encontrei atônita mais uma vez por quase deixá-lo escapar. Ele me deu um beijo calmo.
— Amo você, Meri.
— Eu também te amo. — Virei a maçaneta e entrei rapidamente.